O Princípio
A Criação do Mundo
Há muito, muito tempo atrás, não existia nada que conhecemos atualmente. A terra, os mares, o céu, as estrelas, nada. Havia apenas o vazio. O vazio era tudo que existia, ao mesmo tempo que era o nada, pois apenas ele existia. Eventualmente, o tudo e o nada se sentiu triste e sozinho, pois tinha todo o poder em suas mãos, mas não tinha nenhum motivo para usar, nem ninguém para mostrar.
Assim, o vazio desejou não estar mais sozinho, e desse desejo o vazio se separou em dois. O vazio ficou com uma metade e se tornou a escuridão. A sua outra metade se tornou a luz, uma igual a ela, porém oposta. Pela primeira vez, a escuridão não se sentiu mais sozinha pois havia alguém ali além dela. Assim, a escuridão se nomeou Kháos e tomou a luz, que chamou de Gé, como sua companheira, e se uniram. De sua união, surgiu o mundo e as suas leis. De todas as leis, cinco delas se destacavam e eram as mais poderosas de todas.
- O Fogo, instável e impulsivo;
- A Terra, firme e contida;
- O Ar, livre e veloz;
- A Água, estável e mutável;
- E o Éter, misterioso e profundo.
Vendo o que sua união criou, Kháos e Gé desceram ao mundo para explorar o mundo e suas leis, especialmente as cinco mais poderosas deles. Por não saberem o que cada um fazia, os dois brincaram com as leis, para ver o que cada uma podia fazer. Para sua surpresa, os elementos interagiam entre si e toda vez que parte de seus conceitos eram combinados, algo novo era criado, como o magma, o gelo, o raio e o metal, porém aqueles diretamente opostos eram impossíveis de serem combinados, no caso o fogo com a água e a terra com o ar. Então, sua atenção se voltou para a quinta lei, o Éter, silencioso e paciente. Os dois tentaram fazer como fizeram com os outros, porém nenhum deles conseguia compreender o Éter, tão diferente dos outros quatro.
Frustrados, os dois deixaram o Éter e seguiram a brincar com os outros quatro, que conseguiam compreender melhor e até plenamente, porém ao deixarem a lei cair, não podiam imaginar o que viria a acontecer. O Éter adentrou o mundo, passando por si e se alojando em seu centro, que começou emitir partículas de seu centro. Dentre essas partículas, haviam doze grandes fragmentos que fugiram do centro e foram em direção à superfície, se encontrando com os outros quatro grandes conceitos. Dessa união, surgiram doze seres de grandes poderes, com ligação íntima com as respectivas leis das quais nasceram. Esses doze seres foram tomados por Kháos e Gé, que os chamaram de seus filhos, e como presente pelo seu nascimento, deram a eles aquele mundo no qual nasceram.
Aquele mundo do qual nasceram era vazio. Não possuía nada além do firmamento e o poder do Éter, que vazava de seu núcleo. Assim, os doze deuses se separaram, em quatro grupos de três, cada um de um elemento, e procuraram no mundo um lugar para poderem chamar de seu, onde usaram de seus poderes e começaram a alterar o mundo. Assim, o mundo foi separado em 5 grandes locais.
- Hypérion, o reino do Fogo, onde vive a trindade das chamas: Ákrios, a carneira, Leo, o leão, e Sagittarius, o centauro.
- Oúreas, o reino da Terra, onde vive a trindade das montanhas: Tauris, o touro, Parthenos, a pura, e Capricornus, o sátiro.
- Caelum, o reino do Ar, onde vive a trindade dos ventos: Dioscuri, os gêmeos (ou os iguais), Lanx Kiffa, a equilibrada, e Ganymede, o príncipe.
- Nereus, o reino da Água, onde vive a trindade das ondas: Karkinos, a carangueja, Skorpios, o escorpião e Piscis, o par (ou as metades).